13 outubro, 2008

Casanova: o jogo da sedução





















Ao contrário dos outros grandes sedutores de mulheres da literatura universal, Giacomo Casanova não é um personagem de ficção. Ele realmente existiu. Nasceu em Veneza, em 1725 era filho de atores e morreu em 1798. Sua fama foi graças à sua própria vida, contada por ele mesmo em suas “Memórias”. Teve uma ótima educação era doutor em direito, possuía profundos conhecimentos de teologia, filosofia e matemática, e falava vários idiomas como o grego, latim, francês, hebreu, além de se virar em espanhol e inglês. Exerceu diversas profissões, que abandonou logo em seguida. Foi padre, militar, músico e até mesmo agente secreto. Dizem que tinha um belo físico, que dançava muito bem e era excelente na esgrima e na equitação. Adorava viajar e percorreu várias vezes toda a Europa.

Casanova é essencialmente um ser do prazer, não é um sedutor estratégico, ele não planejava, não calculava. Vivia o momento e era totalmente dominado por suas paixões. Queria seduzir todas as mulheres e amava a todas, mulher do povo ou mulher da corte, jovem ou velha, bela ou feia, um verdadeiro caos sem freio e sem escolha. “... Casanova não somente se deleita com o seu próprio prazer, mas o prazer do outro o enche de deleite. Ele gosta do prazer que proporciona às mulheres" (Marceau 1948, p. 142).
É inútil procurar nele motivos ocultos e inconfessáveis ou segredos que não deviam ser revelados. Casanova foi um ser de superfície, cujo exterior se confundia com o interior e cujo objetivo se esgotava no instante presente. Ele seduzia de maneira simples, sem reservas, se abandonava completamente, possuído pelas mulheres. É o corpo delas que ele queria não a alma.


Regina Fernandes
Psicanalista


Um comentário:

Anônimo disse...

Ele deveria ser encantador e ter aquela pegada! hahahahaha
Bjs
Teresa