20 outubro, 2008

Ausência
















Por muito tempo achei que a ausência é falta. E lastimava, ignorante, a falta. Hoje não a lastimo. Não há falta na ausência. A ausência é um estar em mim. E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços, que rio e danço e invento exclamações alegres, porque a ausência, essa ausência assimilada, ninguém a rouba mais de mim.


Carlos Drummond de Andrade

Um comentário:

Anônimo disse...

ai, ai Drummond! Liiiiiiindo!
Beijos amiga.
Teresa