29 outubro, 2008

Agora é tarde, Inês é morta!


“Quando a paixão entra pela porta principal, a sensatez foge pela porta dos fundos”.





















Em outras épocas existiram belas e românticas histórias de amor. Infelizmente a história de Pedro e Inês teve um triste fim.


O príncipe D. Pedro, filho de D. Afonso IV e de D. Beatriz de Castela, nasceu em Coimbra, em 8 de Abril de 1320 e morreu em Lisboa, em 18 de Janeiro de 1367. Reinou de 1357 a 1367 (8º rei de Portugal), como D. Pedro I, o justiceiro, cognome que lhe foi atribuído pelo povo por ter exercido uma justiça exemplar, sem discriminações entre plebeus e nobres.
Em 1328, com apenas 8 anos de idade, a princesa D. Branca de Castela, foi-lhe prometida em casamento. Porém o matrimônio não chegou a consumar-se por debilidade física e mental da noiva. Novo consórcio foi tratado em 1334, com a infanta D. Constança, filha de D. João Manuel, infante de Castela. A noiva veio para Portugal, em 1340, acompanhada por um séquito, do qual fazia parte uma aia, sua parente, fidalga de origem bastarda, chamada Inês de Castro, filha do fidalgo castelhano Pedro Fernandez de Castro.
Inês de Castro, segundo os poetas, era uma mulher lindíssima. O príncipe D. Pedro apaixonou-se perdidamente pela bela Inês, esquecendo as conveniências e as reprovações. Ela correspondeu-lhe e passou a ser a sua alma gêmea. Por ela, D. Pedro desprezou as convenções da corte e desafiou, frontalmente, tudo e todos.
A corte considerava uma afronta aquela ligação indecorosa pelos problemas morais e religiosos que levantava, bem como pelo perigo que a influência da família dos Castros poderia trazer à coroa portuguesa. Apesar disso tudo, Inês de Castro e D. Pedro viviam, despreocupadamente o seu idílio.
Todavia, as intrigas que chegavam ao Rei D. Afonso IV, o bravo, apressavam o monarca a agir. Embora o rei compreendesse as razões daquela ligação perigosa, todo o enredo o levou a tomar uma decisão drástica decidindo pela execução de Inês de Castro. Deste modo, foi selado o destino de Inês, sem sequer levarem em conta que ela era mãe de 4 filhos do príncipe D. Pedro. Assim, na manhã sinistra de 7 de Janeiro de 1355, os executores régios, aproveitando a ausência do infante D. Pedro, nas suas habituais caçadas, penetraram no paço e ali mesmo decapitaram aquela que depois de morta foi rainha de Portugal.
Inconsolável com a perda de Inês, D. Pedro chegou a declarar guerra ao pai. Dois anos depois, quando da morte de D. Afonso IV e de sua subida ao trono, aos 37 anos, D. Pedro I diligenciou a captura dos assassinos de D. Inês.
Mais tarde, D. Pedro I mandou esculpir outro monumento, semelhante ao da sua amada, colocando-o em frente ao da sua Inês, para, após a sua morte, permanecer ao lado do seu grande AMOR.
Procurando dignificar o nome de Inês de Castro, D. Pedro declarou solenemente que sete anos antes casara com ela em Bragança, tendo esta afirmação pública sido proferida em 12 de Junho de 1360, em Cantanhede.

Dom Pedro e Inês de Castro viveram uma das mais belas e trágicas histórias de amor. Uma história que foi imortalizada em poemas, novelas, dramas, pinturas, esculturas, e até em composições musicais, e que, mesmo após 650 anos, continua encantando corações.

3 comentários:

Anônimo disse...

Que linda história de amor e paixão.
Triste, mas bela.

Adorei saber a origem da expressão "Inês é morta".

lindo dia flor
beijos

Anônimo disse...

Regina, boa lembrança. Essa história é dramática, um mar de lágrimas, mas é o mais puro amor de um homem.
bjs
Teresa

Anônimo disse...

A historia eu já conhecia e gostei muito de saber que o ditado vem da história eu desconfiava mas naõ tinha certeza e ai coloquei a pergunta no google e escolhi seu site..

ótimo ano para vc