02 março, 2009

Encomenda














Desejo uma fotografia
como esta – o senhor vê? – como esta:
em que para sempre me ria
com um vestido de eterna festa.

Como tenho a testa sombria,
derrame luz na minha testa.
Deixe esta ruga, que me empresta
um certo ar de sabedoria.

Não meta fundos de floresta
nem de arbitrária fantasia...
Não... Neste espaço que ainda resta,
ponha uma cadeira vazia.

[Cecília Meireles - Flor de Poema. Rio de Janeiro, 1972]

Um comentário:

Victor Gil disse...

Olá Regina. Conheci o seu blog através da Solange Mazzeto. Embora seja algo diferente vou seguir com atenção este seu espaço de convívio. Principalmente a parte da poesia. Era para dizer que devia fazer mais poemas da sua autoria, mas já descobri outro blog seu onde isso acontece. Vou ser um seguidor atento. Espero também pela sua visita ao meu espaço. Um beijo.