21 dezembro, 2010

 Quisera
 Senhor, 
neste   Natal
armar  uma ár- 
vore   dentro   do 
meu  coração e  nela 
pendurar,   em   vez  de 
presentes,  os  nomes  de 
todos  os meus  amigos!  Os 
amigos de longe e de perto. Os 
antigos e os mais recentes. Os que 
 vejo cada dia e os que raramente encon- 
tro.Os sempre lembrados e os que, às vezes, 
ficam esquecidos.Os  constantes  e os  intermi- 
tentes.Os das horas difíceis e os das horas alegres. 
Os que, sem querer, eu magoei ou, sem querer,me ma- 
goaram.Aqueles a quem conheço profundamente e aqueles 
de  quem não   me são  conhecidas a  não  ser as  aparências. 
Os que pouco me  devem e  aqueles a  quem  muito devo.
Meus amigos jovens e meus amigos velhinhos.Meus amigos
 homens feitos e as crianças, minhas amiguinhas.
  Meus amigos  humildes e meus amigos importantes.
Os nomes de todos os que
 já passaram pela minha 
 vida. Aqueles a quem eu
 conheçosem me conhecerem e 
aqueles que me conhecem sem eu os 
conhecer. Que me admiram e 
me estimam sem eu saber, que eu estimo 
e admiro sem lhes dar a entender.
Uma árvore de   raízes 
 muito profundas,para que os seus nomes
 nunca mais sejam arrancados do meu coração. 
De ramos  muito  extensos 
para que  novos nomes, vindos de  todas as  partes, 
 venham juntar-se aos existentes.  De sombra  muito 
  agradável para que nossa amizade seja um momento 
 de  repouso  nas lutas  da vida. 

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