03 junho, 2009





















De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

(Vinícius de Moraes)

4 comentários:

Victor Gil disse...

Olá amiga.
Não sei se era essa a intenção, mas esse poema de Vinicius, está de acordo com a situação que vocês estão a viver com a queda do avião. A minha solidariedade para com o Brasil, neste momento sempre dificil.
Beijos
Victor Gil

Márcia(clarinha) disse...

Ah, poetinhamado...

lindo dia flor querida
beijos

Teresa disse...

O poetinha sempre...
Bjs amiga

Paulo disse...

Saudades Regis!
Bjs