29 agosto, 2008





















Hoje acordei colorido, assim mesmo como diz o verbete : a-cor-dei. Lá fora o sol brilhava e meu coração estava vermelho de alegria ... E assim, de coração aberto e alma extasiada, vida plena, portas abertas e sem grades, lembrei do meu primeiro grande amor. Aquele que acionava o meu sorriso, me deixava sem ar, no ar... Aquele que com seus cabelos negros e sorriso fácil, chegou sem pedir licença, foi se instalando em minha vida e me fez acreditar que o amor era real, me ensinou a decifrar as mensagens das mãos, do corpo, dos cabelos e dos lábios, a entender cada olhar... fez de mim uma alquimista nesta magia de amar. Com ele eu contava as estrelas, perseguias as borboletas, conhecia a lua e o sol. Vivi e fui feliz.
Nosso caso durou muitos anos. Um dia acabou.
Pensei que ele tivesse levado a fórmula secreta cuja reação transforma o mundo no melhor lugar de se viver. Fiquei no vazio, coração desbotado, murcho, fechado...
Mas ele esqueceu a chave! Que presente maravilhoso ele deixou! Com ela pude abrir meu coração outras vezes, vê-lo vermelho, pulsante, pude voltar a contar estrelas, colher flores, ser feliz.
Ninguém morre de amor... dói, mas passa. Passou...

(Regina Fernandes)

2 comentários:

Anônimo disse...

Quem pode viver sem amor, sem o vermelho da paixão e o azul da complexidade?

Passar, passa, mas deixa cicatrizes [pro]fundas.

Vim pelas mãos da Zen, gostei das suas palavras, voltarei.

lindo dias
beijos

Sole disse...

A gente acha que vai morrer mesmo de amor né, não morre, mas algo em nós morre, eu acho assim, me sinto assim, meio-morta em alguns aspectos, em algumas coisas, possa ser que passe, ainda é recente, mas sei lá, ainda tô nessa sensação faz um bom tempo e essa semana eu plantei um 'pé-de-amor', quem sabe brota ;)

beijo Regina