22 setembro, 2009

Vem chegando a Primavera!

















A palavra "Primavera" vem do latim: primo vere, começo do verão.

Este ano de 2009, a partir das 18h18m a Primavera chega trazendo em sua bagagem, flores e cores, os dias tornam-se mais quentes e o sol mais dourado, brilhando com mais intensidade.
Aproveitem!


Lá vem ela
resplandescente e bela
trazendo aromas
florescendo nos canteiros
Lá vem ela
embelezando a terra
colorindo a esperança
pelas ruas, pelos cantos
Lá vem ela
novos dias, novas cores
muitas flores
Primavera...

(Regina Fernandes)


20 setembro, 2009

Palavras do coração
















Sempre quis ser mãe de um menino. Eu era ainda solteira quando o assunto se voltava para casamento e filhos e lá ia eu dizendo: vou ser mãe de um menino.
Meu filho nasceu de uma cesariana, no dia 13 de abril de 1977, às 07:05h, pesando 3,420kg e 51cm. Foram 9 meses de planos e expectativas, pois naquela época a ultra-sonografia não era comumente usada, mas eu tinha certeza absoluta: menino.
Depois de nove meses na minha barriga e dois dias na maternidade fomos, em carreata (eu e meu marido, os avós e o bisavô maternos e a tia) levá-lo para casa. Uma festa! Era o primeiro filho, primeiro neto, e primeiro sobrinho. A tia que assistiu o parto também foi madrinha de batismo.
Em casa eu contava com a ajuda de minha mãe que deu o primeiro banho e os seguintes até o umbigo cair, sempre assistida pela platéia dos pais e avós.
E assim, como o tempo não para, com alguns contratempos de marinheiro de primeira viagem, os anos foram rapidamente se escoando, passando a época do jardim de infância, do primeiro e segundo graus e da universidade.
Hoje vejo meu menino com 32 anos, um homem feito, inteligente, amoroso, amigo, maduro, responsável, excelente profissional na carreira que escolheu (Fisioterapia) e fico pensando comigo mesma em como fui abençoada por ter tido esse filho tão querido.
Todos os dias agradeço a Deus esse presente e peço que Ele o abençoe e proteja sempre.

Regina Fernandes

19 setembro, 2009




















Hoje terminei de ler "Amor é Prosa, Sexo é Poesia" que reúne 36 crônicas, muito bem escolhidas, todas ótimas e que falam sobre sexo e amor, família, mulheres.

Gosto de Arnaldo Jabor. É um cara polêmico que traz na sua escrita, textos ácidos e líricos, com assuntos sempre atuais e sintonizados com as questões que interessam à vida dos brasileiros.

“A percepção de Jabor sobre linhas intangíveis, como a que separa o amor do sexo, costuma ser tão afiada quanto seus discursos anti-Bush. Mais do que o poder, ele aposta, o amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver."
(Livraria Saraiva)



17 setembro, 2009






















Quando pensei que estava tudo cumprido,
havia outra surpresa: mais uma curva do rio,
mais riso e mais pranto.
Quando calculei que estava tudo pago,
anunciaram-se novas dívidas e juros,
o amor e o desafio.
Quando achei que estava serena,
os caminhos se espalmaram
como dedos de espanto em cortinas aflitas.
E eu espio,
ainda que o olhar seja grande
e a fresta pequena.

(Lya Luft)

16 setembro, 2009










Simone Lucie-Ernestine-Marie-Bertrand de Beauvoir nasceu em Paris, em 1908. Escritora e feminista foi uma das vozes mais atuantes e autorizadas no século 20, quase um emblema. Casada com o filósofo Jean-Paul Sartre, seu companheiro de toda a vida fez parte de um grupo de filósofos-escritores associados ao existencialismo - movimento que teve enorme influência na cultura européia de meados do século passado, com repercussões no mundo inteiro.



















Em 1949 publicou “O Segundo Sexo”, pioneiro manifesto do feminismo, no qual propôs novas bases para o relacionamento entre mulheres e homens. “Os Mandarins” é de 1954, nesse mesmo ano, Beauvoir ganhou o prêmio Goncourt.

Ela e Sartre visitaram o Brasil entre agosto e novembro de 1960. Sempre tiveram marcada atuação política, manifestando-se contra o governo francês por suas intervenções na Indochina e na Argélia, contra a perseguição dos judeus durante a Segunda Guerra, contra a invasão americana do Vietnã e em muitas outras ocasiões.

Simone de Beauvoir morreu em Paris, em 14 de abril de 1986.
Entre seus muitos livros, vale ressaltar O Sangue dos Outros (1945), Uma Morte Muito Suave (1964) e A Cerimônia do Adeus (memórias da vida com Sartre, 1981).

15 setembro, 2009




















Teu corpo
é linguagem pura
frágil refúgio
da minha loucura
metade prazer
metade tortura

(Lau Siqueira)

12 setembro, 2009

Soneto do amor total






















Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.

Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.


Vinícius de Moraes