06 outubro, 2007

Uma mulher admirável




















“Nosso papel como psicanalista, não é o de desejar algo para alguém, mas ser aquele, graças a quem ele pode chegar até seu desejo”.
(Françoise Dolto)


Françoise Dolto nasceu em 1908, filha de uma tradicional família parisiense, rebelou-se contra as idéias conservadoras de sua época, tornou-se médica e psicanalista de grande genialidade, fazia parte do círculo de analistas de Jacques Lacan e tinha uma maneira peculiar de teorizar e entender o fato psíquico. Para ela, a solidão só se torna criativa quando o solitário consegue expressar seus sentimentos - por qualquer que seja o meio (escrevendo, pintando, cantando ou simplesmente conversando com amigos e até com estranhos). Em seu livro, Françoise Dolto diz, também, que a solidão só se desvincula do abandono quando o solitário faz movimentos em busca de comunicação com os outros.
O conhecimento como psicanalista, cuja genialidade consistiu em levar os limites da intervenção psicanalítica até o primeiro dia de vida da criança, as intuições terapêuticas, o trabalho voltado tanto para os pais quanto para os profissionais, o combate em favor da “causa das crianças” fazem de Françoise Dolto uma referência obrigatória na abordagem da psicanálise com criança.


Regina Fernandes

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