06 agosto, 2008

Fábula da Verdade




















Um dia, a Verdade andava visitando os homens sem roupas e sem adornos, tão nua como o seu nome.
E todos que a viam viravam-lhe as costas de vergonha ou de medo e ninguém lhe dava as boas vindas. Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, rejeitada e desprezada.
Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.
- Verdade, porque estás tão abatida? Perguntou a Parábola.
- Porque devo ser muito feia já que os homens me evitam tanto!
- Que disparate! - riu a Parábola - não é por isso que os homens te evitam.Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.
Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda parte onde passava era bem vinda.
- Pois os homens não gostam de encarar a Verdade nua; eles a preferem disfarçada."

(Conto Judaico)

05 agosto, 2008


















'No mundo atual está se investindo cinco vezes mais em remédios para virilidade masculina e silicone para mulheres do que na cura do Mal de Alzheimer.
Daqui a alguns anos haverá velhas de seios grandes e velhos de pinto duro, mas eles não se lembrarão para que serve'.

(Dr. Dráuzio Varella)

04 agosto, 2008



Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer.


(Fernando Pessoa)

03 agosto, 2008

Calendário de Agosto





Este mês é de muita festa!

Sonia (03), Regina (08), Mateus (10), Maria Isabel (16) e Rita (24) estão aniversariando.

Parabéns, felicidades, saúde e muito amor no coração.

Mil bjocas

02 agosto, 2008

Roubo de coração
















Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto,não se alcança o coração de alguém com pressa. Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado. Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente.
Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança. É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.
Para se conquistar um coração definitivamente tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.
Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes, que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago... e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele, vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco. Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração. Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria. Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que? Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.
Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.
E é assim que se rouba um coração, fácil não?
Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então!
E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém ... é simples ... é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.


(Luis Fernando Veríssimo)

01 agosto, 2008

Um banquinho e um violão – 50 Anos de Bossa Nova
















Há 50 anos atrás, em agosto de 1958, surgia um novo movimento na música popular brasileira, a Bossa Nova, que nasceu com um grupo de jovens que tocava violão e se reunia em Copacabana, na casa de amigos, para escutar música. As letras das canções geralmente eram tristes e melancólicas, de poesia simples e trazia como diferencial o ritmo da batida do violão.
Oficialmente a Bossa Nova começou quando João Gilberto cantou "Chega de Saudade" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), e "Bim Bom" (do próprio cantor) no disco "Canção do amor demais".




Chega de Saudade
Composição: Tom Jobim, Vinícius de Moraes

Vai minha tristeza
E diz a ela que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece
Que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer

Chega de saudade
A realidade é que sem ela
Não há paz não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim
Não sai de mim
Não sai

Mas, se ela voltar
Se ela voltar que coisa linda!
Que coisa louca!
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos
Que eu darei na sua boca

Dentro dos meus braços, os abraços
Hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim,
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim

Que é pra acabar com esse negócio
De você viver sem mim
Não quero mais esse negócio
De você longe de mim
Vamos deixar esse negócio
De você viver sem mim