03 novembro, 2009




















Faleceu nesta terça-feira em Paris o antropólogo Claude Lévi-Strauss, aos 100 anos. Considerado "pai da antropologia moderna" e fundador da antropologia estruturalista, Strauss introduziu novos conceitos de comportamento e pensamento.

Nascido numa família judia francesa intelectual, Lévi-Strauss estudou Direito e Filosofia na Sorbonne, em Paris. Lecionou sociologia na Universidade de São Paulo nos anos 30 e fez várias viagens ao Brasil central para realizar seus primeiros estudos de etnologia entre populações indígenas, trabalho que desenvolveu ao longo da vida e que o transformou num clássico obrigatório das ciências humanas.

Em 1955, publicou "Tristes trópicos" - um registro dessas expedições. No livro, ele conta como a vocação de antropólogo nasceu durante as viagens ao interior do Brasil. Em "Tristes trópicos", ele mostrou que são poucas as distinções entre as chamadas sociedades civilizadas e as primitivas, que ele preferia chamar de sociedades sem escrita.

Ao publicar o ensaio "O triângulo culinário" no meio dos anos 60, Lévi-Strauss mostrou o desenvolvimento cultural pelas lentes da comida. Ele explorou, por exemplo, como os nativos da Amazônia faziam distinções entre alimentos cozidos e assados.

Lévi-Strauss passou mais da metade de sua vida estudando o comportamento dos índios americanos. O método utilizado para estudar a organização social das tribos é chamado de estruturalismo. O estruturalismo é identifica códigos de comportamento que são cruciais para o funcionamento de qualquer sociedade e parte da mente humana.
Suas pesquisas, iniciadas a partir de premissas linguísticas, deram à ciência contemporânea a teoria de como a mente humana trabalha.

Três grandes temas são considerados seus trabalhos mais relevantes: a teoria das estruturas elementares do parentesco, os processos mentais do conhecimento humano e a estrutura dos mitos.

(fonte: globo.com)

Um comentário:

Merciasz disse...

Interessante, e tb é uma perda lastimável.