28 julho, 2007

Pensando a Família Moderna


A família, território geográfico e rede social onde se mantém as relações mais próximas é um aspecto fundante da sociedade. A nova família que se apresenta ao longo do último meio século, especialmente no ocidente, tem seu fundamento alterado através de vários fatores que foram decisivos para a desconstrução de antigos paradigmas e construção de novos modelos que agora se apresentam, principalmente nas sociedades ocidentais.
Historicamente o papel do casamento como eixo da estabilidade social era mais importante do que o amor entre os casais. As funções do casamento voltavam-se para a criação dos filhos, a transmissão de valores, servindo como núcleo econômico e organizador das tarefas diárias da vida. Já os casais de hoje se formam por um laço emocional, com base na atração pessoal e sexualidade - o que temos é uma “escolha de existência”, uma escolha para ser feliz.
Na revisão dos papéis familiares temos novos modelos centrados em vários formatos. É claro que os pais modernos são mais alegres e passam mais tempo com os filhos, mas os papéis mudaram muito. Temos a família onde somente um dos pais assume o lar e os filhos (muitas vezes a mãe faz esse papel) e a função do pai, figura da lei que era o protetor e provedor, agora é partilhada com a mãe e também com os avós. Atualmente os avós estão presentes na formação das crianças, pois cabe também a eles ficar com os netos, tomar conta e até mesmo criar e manter. Por sua vez, as crianças amadureceram muito depressa apesar de levarem muito mais tempo para adquirirem responsabilidade e independência financeira para saírem de casa. Outro fator importante é que é comum encontrar pais solteiros que criam os filhos sozinhos, assim como é mais comum ver pais separados que têm contato com as crianças somente em finais de semana.
A legislação para o reconhecimento da união estável de homossexuais e a adoção de crianças por parte desses casais nos aponta para um novo modelo de relação familiar, antigas questões e novos problemas nesse emaranhado de novidades, um legado que o século XX deixou para ser pensado e resolvido.
Portanto, estudar a família e suas variações de estrutura e organizações exige muita cautela. A exposição às transformações sociais, político, cultural, econômico e biológico alteram os nossos códigos e valores, por isso precisamos ter cuidado mediante a conduta e o julgamento diante de tais variações.

Regina Fernandes

4 comentários:

Baú da Silzinha disse...

Regina, gostei demais das tuas colocações. Teu texto, como sempre, ótimo e próprio mpara nossas reflexões.
Um lindo domingo querida.
Beijo grande

Unknown disse...

Re,

Muito interessante seu texto.
Beijos minha querida amiga.
Sou sua fã...rs

Anônimo disse...

q inutil isso

Nádia Rosário disse...

Regina, não a conheço mas o seu texto foi um dos mais interessantes que encontrei na internet. Estou me preparando para uma aula com esse tema e seu texto me ajudou muito.

Abraço,
Nádia Rosário.